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Ok, obrigado.
Performance,vídeo e poesia, aprox. 47min
Maio de 2015

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O título da performance vem de uma recomendação que me foi dada quando entrei como trabalhador, em 1998, num restaurante de fast-food da multinacional de origem americana. A lógica destas duas palavras juntas é de estabelecer um elemento de comunicação sólido entre os trabalhadores - comunicação mínima e produção máxima. Funciona da seguinte forma: em voz alta repete-se o produto que havia sido pedido da expressão Ok, obrigado.
A utilização desta expressão na esfera íntima dos trabalhadores deste restaurante serve de ironia à opressão sentida enquanto trabalhador neste mundo. Não é diferenciada a área de trabalho, serve para todas.
Os vídeos que acompanham a performance são gravados no meu atelier, em Guimarães, e apresentam dois textos curtos que são repetidos com diferentes expressões. O primeiro é Trabalharei Regularmente e o segundo é Ok, obrigado. Se o primeiro ainda apresenta um espaço que apesar de ter um ambiente escuro é amplo, já no caso do segundo já não existe ponto de fuga para o olhar. À clausura visual acrescenta-se a repetição do texto que chega a atingir, a certa altura, apenas a vocalização. A ligação entre os vídeos é feita com a poesia de João Almeida usando estrofes avulsas organizadas numa quase narrativa pela Filipa Araújo, pelo próprio João Almeida e por mim.

ok obrigado (poesia) ok obrigado (poesia)

Imagens da apresentação no pequeno auditório do Fórum Maia, enquadrado na mostra Lugares de Viagem - Bienal da Maia 2015.

ok obrigado (video) ok obrigado (video) ok obrigado (video) ok obrigado (video) ok obrigado (video)

stills e áudio do vídeo Ok, obrigado.

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